As últimas décadas têm sido marcadas pela ampla ocupação dos espaços de poder político, econômico e sociocultural por parte de agentes convictos do marxismo e do progressismo. Se o poder político e econômico regulam a vida interna e externa de uma nação, os meios socioculturais e midiáticos regulam até mesmo a vida pessoal dos cidadãos e a própria mentalidade coletiva do povo. Isso é bem evidente no Brasil e na vida de todos os povos ocidentais. Em meio a tanta confusão de ideias e pensamentos promovidos por uma rígida e perversa agenda ideológica, surgem grupos que se opõem ao avanço contínuo da cultura woke e das pautas progressistas que vêm alienando a tantas décadas o ocidente. Alguns grupos são mais moderados e, infelizmente, alguns caem na desgraça da tolerância, de buscarem conciliação com inimigos inconciliáveis de toda a nossa civilização cristã; outros grupos e movimentos mantém-se firmes em uma luta contínua contra a invasão globalista e anárquica das nações. Esses são os nacionalistas e tradicionalistas, que em uma peleja cada vez mais acirrada, acabam por se tornar uma verdadeira trincheira de resistência contra as invasões ideológicas, financeiras, culturais e étnicas desregradas, desfigurando as nações e os povos, tirando-os de seu verdadeiro sentido e missão histórica.
Diante de tal panorama, o retorno à religiosidade, às tradições e ao nacionalismo vem ficando cada vez mais forte, principalmente no meio de parte da juventude que não cedeu às pressões ideológicas do mundo moderno. Essa tendência vem se fortalecendo como um antivírus que atua em um corpo doente lutando com todos os recursos possíveis para tirar das entranhas daquele ser o parasita que o adoece, e tornar aquele corpo novamente saudável e forte. Claro que isso não passa desapercebido pelos mantenedores e propagadores do maquiavélico projeto de ideologização das massas, e por isso recorrem aos meios culturais, midiáticos e financeiros fartos que dispõem, armados da covardia, da mentira, da calúnia, da violência, da perfídia, para atacar aqueles que lutam pela sobrevivência de suas raízes, de suas nações e de seus povos. Todos os cidadãos e cidadãs que se batem nessa luta constante, homens e mulheres que vivem para o exercício do trabalho, da fé, da família e do lar, e que acima de tudo, não vivem em função de ideologias fantasiosas, mas dentro da realidade, são tratados como “fascistas”, “intolerantes e odiosos”. Basta que se reúna um grupo de pessoas que afirmam Deus como princípio e fim; a família cristã como célula mater da sociedade; a preservação e culto das raízes e tradições populares e nacionais, para que surjam inúmeras campanhas na imprensa, nas escolas e universidades, excepcionalmente, aquelas administradas pelo governo, denunciando o “crescimento estarrecedor do Fascismo!!!”. Passeatas, simpósios, e até teses acadêmicas — sem valor real algum — são elaborados com o objetivo de salientar a “crescente ameaça e ressurgimento do Fascismo”, e a importância de “combater os extremismos da extrema-direita nazifascista”. Como vivemos na era em que se diploma a burrice e se coroa a estupidez, isso acaba se tornando comum.
A velha tática do “espantalho fascista” vem caindo cada vez mais. Iludem-se aqueles que acham que é algo atual. No desespero crescente dos comunistas ao perceberem que o mundo caminhava para a negação das teorias marxistas e rumo ao nacionalismo na década de 1930, o Komintern determinou aos seus agentes que difundiam o Comunismo na França que fizessem uma ampla campanha incentivando a massa de manobra vermelha a tratar TODOS aqueles que se opusessem à Stalin e seus tentáculos como “fascistas” e que deveriam ser combatidos como “fascistas”. Essa diretiva foi seguida à risca pelos comunistas franceses, e fielmente replicada por seus adeptos em outros países. Sob esse pretexto, os servos de Moscou naqueles tempos cometeram as maiores barbaridades que se possam imaginar. A história nos prova isso. Uma das nações europeias mais católicas na época, Espanha, foi mergulhada em chacina, crueldade, miséria e em sangue inocente. Os comunistas que cinicamente diziam lutar por uma república democrática, mergulhavam o próprio país em saques, assassinatos, violações de inúmeras propriedades privadas e profanação de lares e templos católicos. Tudo isso em nome da luta contra o “Fascismo”, pela “liberdade” e “democracia”. No Brasil, não foi diferente. Em 1935, comunistas faziam as mais repugnantes ações enquanto serviam nas forças armadas, ao exemplo de quando assassinaram colegas de farda enquanto dormiam nos quartéis, em nome da revolução. Antes disso, as “frentes antifascistas” já recebiam diretrizes para agir contra o crescimento do Integralismo, utilizando-se do mesmo pretexto de “luta antifascista”, resultando em uma tentativa de assassinato de Plínio Salgado, que culminou na morte do integralista e ferroviário Nicola Rosica, em Bauru, São Paulo, em 3 de outubro de 1934. Dias após a esse atentado, novo confronto foi registrado na Praça da Sé de São Paulo, no qual resultou na morte de dois operários integralistas e dezenas de feridos. O nome da organização por detrás do atentado terrorista na Sé era “Frente Única Antifascista”. Essa organização esquerdista foi fundada em 25 de junho de 1933, e antecedeu o surgimento da Aliança Nacional Libertadora em 1935, mero tentáculo do Komintern disfarçado em uma oposição desregrada contra o Integralismo.
Atualmente, a surrada tática comunista ainda é usada pela burguesia intelectual vermelha que parasita dentro da imprensa e das universidades brasileiras. Integralistas, nacionalistas, patriotas e até mesmo bolsonaristas e liberais são tratados como “fascistas”, após muito malabarismo e ad hominem por parte dos acadêmicos, jornalistas e professores servos de pautas ideológicas alienígenas. Infelizmente, essa elite amante do Socialismo, ao mesmo tempo burguesa, não está sozinha, mas vem acompanhada de uma massa de jovens, muitos provindos da mesma burguesia, e outros vindos das periferias das cidades e grandes metrópoles, todos massificados e doutrinados, sem personalidade e pensamento próprio. Essa infeliz juventude tornou-se a ponta de lança desta elite. Para eles tudo aquilo que se oponha aos propósitos de seus movimentos e ideologias é FASCISMO.
Aos cidadãos, homens de bem e trabalhadores honestos, que vivem uma realidade de dificuldades e incertezas sobre o futuro devido às circunstâncias sociais e políticas de nossa contemporaneidade, as táticas de alienação socialista e progressista da sociedade não funcionam mais, pois essas pessoas ao obterem acesso rápido às notícias e informações, agora estão cientes do caráter e dos propósitos dos movimentos e partidos de esquerda do nosso país e dos demais países da América e da Europa. Não trata-se de coincidência e nem de um problema isolado, mas sim correlacionado. Devido a isso, as pessoas vêm despertando cada vez mais suas consciências para essa grave situação vivida a cada dia por nossa civilização e isso justifica a truculência e os altos violentos cada vez mais evidentes por parte dos adeptos dos partidos, movimentos e coletivos, todos muito ANTIFASCISTAS, muito polidos, muito democráticos, muito pacíficos, até o momento de encontrarem a primeira resistência, oposição ou questionamento. A partir desse ponto é difamação, xingamentos, ameaças e agressões. Isso se justifica pelo simples fato do questionador ou opositor ser um FASCISTA. Então, se você é cristão, nacionalista, tem princípios e valores morais e os defende, se quer formar família, é contra o aborto, pauta LGBT e cultura woke, se é pelo fortalecimento da soberania do seu país, é pela formação de uma comunidade nacional cada vez mais inteligente, forte e saudável, cuidado: pois você pode ser fascista.
Autor: Carlos Ribeiro, colunista e correspondente da Nova Acção no Ceará.